Filosofia Teológica Universalista
"A verdadeira religião é a reforma íntima dos indivíduos, o que não se consegue com dogmas, rituais, cultos e outras formas exteriores de religiosidade." - José Carlos Leal
sexta-feira, 19 de julho de 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Por que a comunidade científica internacional não aceita as provas da espiritualidade?
William
Crookes, um dos homens de ciência que mais contribuíram para a propagação das
provas da imortalidade da alma através de ensaios patentes que empreendeu ao
dedicar-se ao estudo dos fenômenos mediúnicos produzidos por Florence Cook,
recebeu a ameaça de ser excluído da Royal Society, uma instituição
conceituadíssima instalada em Londres cujo objetivo é a promoção do
conhecimento científico. Quais foram as causas de tal ameaça? Segundo o livro A História do Espiritismo,
redigido por Arthur Conan Doyle, o egrégio químico William Crookes recebeu a
cominação devido ao seu envolvimento com as pesquisas que desenvolveu para
reprovar ou comprovar a veracidade dos fenômenos espíritas. Após observar os
fatos mediúnicos com o auxílio e a aplicação de seus rigorosos métodos de
análise científica, Crookes concluiu que nada daquilo que estudou era apenas
possível, mas sim, real.
Hoje, em adição, podemos elencar como ínclitos representantes da ciência espiritualista pesquisadores como Dean Radin, um célebre investigador de fenômenos mediúnicos membro do Instituto de Ciências Noéticas do norte da Califórnia. Temos também Julio Peres e Andrew Newberg, que coordenaram uma pesquisa inédita que usou equipamentos de última geração para investigar o cérebro dos médiuns durante o transe. Isso, sem mencionar os cientistas brasileiros como Sérgio Felipe Oliveira.
Lastimável, entretanto, que apesar disso a "ciência oficial" se obstina e assim desdenhe a verdade. Até quando os materialistas se deixarão de dissentir com algo óbvio e que já foi demonstrado ser autêntico? Só o tempo dirá, ou não. Quem sabe, somente Deus tem conhecimento no tocante à tenacidade do materialismo.
Existem outras razões para que consideremos as ciências espiritualistas como pautadas na verdade. Sabemos que sempre houve, por parte da comunidade científica, intensa relutância em relação a novas descobertas, principalmente aquelas que poderiam abalar as estruturas de concepções que durante muito tempo foram reconhecidas como verdades irrefragáveis e que seria absurdo contestá-las. Tampouco, por tais motivos, foi o Espiritismo aceito por toda a ciência oficial quando teve iniciada a sua formação, visto que a ciência comum desde eras imemoriais sustenta ideologias materialistas segundo as quais não existe nada senão o princípio material. Ora, dificilmente poderíamos crer que a ciência em algum momento concordaria com as descobertas da Doutrina Espírita, já que estas são capazes de causar um visceral ataque aos dogmas do materialismo, fazendo esboroar toda o seu edifício. Apesar disso, como já comentei em parágrafos predecessores, muitos foram os homens de ciência que se inclinaram diante dos fatos e abandonaram a filosofia materialista, sob pena de terem sido relegados ao esquecimento como se nada tivesse sido por eles revelado.
No mais, reiterando o que já salientei, os fenômenos estudados pela ciência tradicional repousam sobre efeitos gerados unicamente em função da matéria. O campo de pesquisa do Espiritismo refere-se às fenomenologias que têm como causa o princípio espiritual. Os fenômenos espirituais, para que sejam produzidos, carecem de certas condições que somente o estudo prévio da Doutrina Espírita pode aclarar. Além disso, os Espíritos são seres munidos de vontade própria; não são seres inanimados como substâncias químicas que se podem manipular indefinidamente, logo, não se sujeitam aos nossos caprichos e escapam aos processos convencionais de laboratório. Assim, a ciência oficial pronunciou o juízo temerário de que todo tipo de fenômeno espírita não é nada mais que um embuste, por ter pretendido analisar a espiritualidade como o fazem com os fenômenos químicos e físicos.
Por fim, deixo para a reflexão de vocês um parecer de Kardec sobre o que estou a explanar:
"Compreender os fatos, mediante antecipado conhecimento teórico. Para estas pessoas, a teoria constitui um meio de verificação, sem que coisa alguma as surpreenda, nem mesmo o insucesso, porque sabem em que condições os fenômenos se produzem e que não se lhes deve pedir o que não podem dar. Assim, pois, a inteligência prévia dos fatos não só as coloca em condições de se aperceberem de todas as anomalias, mas também de apreenderem um sem número de particularidades, de matizes, às vezes muito delicados, que escapam ao observador ignorante. " - Allan Kardec
A reação da
Royal Society em face à descoberta do eminente cientista demonstrou seu cabal
repúdio e parcialidade para com os feitos de William Crookes: seu vínculo com a
referida entidade científica estaria sujeito ao cancelamento caso persistisse
em continuar as suas pesquisas inerentes à espiritualidade. Apesar disso,
jamais ele se retratou no tocante ao que corroborou.
Fatos como
os que relatei acima ocorrem desde há muito tempo. Cientistas e homens de
notório saber são repudiados pela comunidade científica internacional de
maneira arbitrária quando aqueles expõem as provas da existência de espíritos e
das comunicações do plano espiritual com o mundo físico. Declara a
"ciência oficial" que as pesquisas científicas a partir das quais
conclui-se a veracidade da fenomenologia espiritualista são improcedentes e
nada mais que embustes ou charlatanismo, sem que sequer apresentem uma
contraprova para conferirem sustentação plausível para a sua relutância.
Os membros da comunidade científica internacional nem ao menos
explicam as razões pelas quais não aceitam as provas da existência de espíritos
e da realidade de fenômenos mediúnicos mesmo após notáveis homens que
pertenciam ao escol da ciência como os citados na lista abaixo, que
tive a liberdade de extrair do link http://www.guia.heu.nom.br/grandes_cientistas.htm:
·
Barret, William Fletcher (1845-1926)
·
de Rochas, Eugène Auguste Albert
(1837-1914)
·
Delanne, Gabriel (1857-1926)
·
Dessoir, Prof. Max (1867-1947)
·
Du Prel, Carl Freiherr (1839-1899)
·
Fechner, Gustav Theodor (1801-1887)
·
Geley, Gustave (1868-1924)
·
Maxwell, Joseph (1858-1915)
·
Myers, Frederic William Henry
(1843-1901)
·
Ochorowicz, Julian (1850-1917
Hoje, em adição, podemos elencar como ínclitos representantes da ciência espiritualista pesquisadores como Dean Radin, um célebre investigador de fenômenos mediúnicos membro do Instituto de Ciências Noéticas do norte da Califórnia. Temos também Julio Peres e Andrew Newberg, que coordenaram uma pesquisa inédita que usou equipamentos de última geração para investigar o cérebro dos médiuns durante o transe. Isso, sem mencionar os cientistas brasileiros como Sérgio Felipe Oliveira.
Lastimável, entretanto, que apesar disso a "ciência oficial" se obstina e assim desdenhe a verdade. Até quando os materialistas se deixarão de dissentir com algo óbvio e que já foi demonstrado ser autêntico? Só o tempo dirá, ou não. Quem sabe, somente Deus tem conhecimento no tocante à tenacidade do materialismo.
Existem outras razões para que consideremos as ciências espiritualistas como pautadas na verdade. Sabemos que sempre houve, por parte da comunidade científica, intensa relutância em relação a novas descobertas, principalmente aquelas que poderiam abalar as estruturas de concepções que durante muito tempo foram reconhecidas como verdades irrefragáveis e que seria absurdo contestá-las. Tampouco, por tais motivos, foi o Espiritismo aceito por toda a ciência oficial quando teve iniciada a sua formação, visto que a ciência comum desde eras imemoriais sustenta ideologias materialistas segundo as quais não existe nada senão o princípio material. Ora, dificilmente poderíamos crer que a ciência em algum momento concordaria com as descobertas da Doutrina Espírita, já que estas são capazes de causar um visceral ataque aos dogmas do materialismo, fazendo esboroar toda o seu edifício. Apesar disso, como já comentei em parágrafos predecessores, muitos foram os homens de ciência que se inclinaram diante dos fatos e abandonaram a filosofia materialista, sob pena de terem sido relegados ao esquecimento como se nada tivesse sido por eles revelado.
No mais, reiterando o que já salientei, os fenômenos estudados pela ciência tradicional repousam sobre efeitos gerados unicamente em função da matéria. O campo de pesquisa do Espiritismo refere-se às fenomenologias que têm como causa o princípio espiritual. Os fenômenos espirituais, para que sejam produzidos, carecem de certas condições que somente o estudo prévio da Doutrina Espírita pode aclarar. Além disso, os Espíritos são seres munidos de vontade própria; não são seres inanimados como substâncias químicas que se podem manipular indefinidamente, logo, não se sujeitam aos nossos caprichos e escapam aos processos convencionais de laboratório. Assim, a ciência oficial pronunciou o juízo temerário de que todo tipo de fenômeno espírita não é nada mais que um embuste, por ter pretendido analisar a espiritualidade como o fazem com os fenômenos químicos e físicos.
Por fim, deixo para a reflexão de vocês um parecer de Kardec sobre o que estou a explanar:
"Compreender os fatos, mediante antecipado conhecimento teórico. Para estas pessoas, a teoria constitui um meio de verificação, sem que coisa alguma as surpreenda, nem mesmo o insucesso, porque sabem em que condições os fenômenos se produzem e que não se lhes deve pedir o que não podem dar. Assim, pois, a inteligência prévia dos fatos não só as coloca em condições de se aperceberem de todas as anomalias, mas também de apreenderem um sem número de particularidades, de matizes, às vezes muito delicados, que escapam ao observador ignorante. " - Allan Kardec
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Bíblia Sagrada: Um livro homofóbico
Quem já leu ou ouviu
falar nos princípios preconceituosos que encerram algumas passagens bíblicas
que tocam ao tema homossexualidade?
Há quem baseie suas convicções em trechos da Bíblia que se opõem à união
homoafetiva, não importa se o convênio estabelecido entre o casal homossexual
envolva amor genuíno. Muitos infelizmente seguem os dogmas bíblicos relativos à
homossexualidade, como se Deus, que é totalmente justo e bom, fosse um ser
intolerante e um adversário de pessoas que se sentem atraídas por quem é do mesmo sexo que elas. Será mesmo que os cristãos conservadores creem sinceramente servir a um Deus amoroso? Bem difícil acreditar nisso em
face das evidências canônicas.
Se um dogma incute a Deus um atributo que o torna preconceituoso, é bem lógico
que essa doutrina deva ser rechaçada por ser obsoleta e intolerante.
Eis os textos que alguns cristãos consideram corretos e utilizam para
justificar o que acreditam:
“Pelo que Deus os entregou a paixões
infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à
natureza; semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher,
se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão,
cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro.”
Romanos 1:26-27
“Não te deitarás com varão, como se fosse
mulher; é abominação.” - Levítico
18:22
“Quando
também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram
abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles.” - Levítico 20:13
“Não sabeis que os injustos não herdarão
o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os
adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas.” - 1 Coríntios 6:9
Abominação é ser ceifada o privilégio que todo ser humano tem de se aderir à
orientação sexual de sua preferência, conforme é explícita nos trechos
supracitados a aversão de Jeová pela prática homossexual.
Diversos cristãos conservadores retrucam os questionamentos comentados no
presente capítulo, redargüindo que Deus criou apenas macho e fêmea e
estabeleceu que existe a união matrimonial entre quem possui sexos desiguais,
no entanto, de acordo os princípios que defendo, para Deus é irrelevante a genitália
de cada um aqui na Terra. O que o Criador reprova é a ausência de amor em
muitos relacionamentos, o que acarreta o descalabro dessas relações ou a
degeneração delas. Além disso, dizer que o ensinamento dos trechos citados acima
provêm de Deus é insultar o Criador, que não detém em si nenhuma forma de
preconceito ou intolerância. Deus é amor e quaisquer manifestações desta
virtude, desde que não violem a máxima de “amarás ao teu próximo como a ti
mesmo”, são válidas.
Testifico
a minha opinião nesta postagem acerca da homossexualidade, defendendo o ponto
de vista de que não há erro em sua prática. No entanto, desejo notificar que
não tenho certeza completa, não estou plenamente convicto de que a
homossexualidade se enquadra nos padrões divinos. Tenho ainda as minhas
dúvidas, porém, presumo com mais segurança de que Deus não é opositor da
homossexualidade.
sábado, 11 de maio de 2013
Por que, de acordo com o Espiritismo, a doutrina do inferno não existe?
Conforme a opinião de um famoso protestante que viveu no século XIX chamado Jonathan Edwards, o inferno é uma realidade. Não há pluralidade de existências, tampouco oportunidades ulteriores para nos ajustarmos às leis de Deus. O que a Doutrina Espírita tem a declarar em face aos argumentos do teólogo? O texto grifado em vermelho é de autoria de Jonathan Edwards. O que está em preto são os meus comentários.
“...como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?”
Gênesis 39:9
Deus é um ser infinitamente amável, porque Ele tem excelência e beleza infinita. Ter excelência e beleza infinita é a mesma coisa que ter infinito encanto. Ele é um ser de infinita grandeza, majestade e glória, e, portanto, Ele é infinitamente honrado.
Correto. Deus é perfeito em todos os seus atributos, pelo que é digno de receber todos os adjetivos elencados por este trecho do argumento de Jonathan Edwards. Embora adulações não convençam Deus a escoimar nossos Espíritos das imperfeições que possuímos.
Ele é infinitamente exaltado acima dos maiores soberanos da terra e os mais altos anjos no céu, e, portanto, Ele é infinitamente mais honrado do que todos estes. Sua autoridade sobre nós é infinita, e o chão firme e imutável do seu direito a nossa obediência é infinitamente forte, pois Ele é infinitamente digno de ser obedecido, e temos uma dependência absoluta, universal e infinita dEle. Assim, o pecado contra Deus, sendo uma violação das obrigações infinitas, deve ser um crime infinitamente hediondo e, portanto, merecedor de punição infinita.
Por que a punição é infinita?
Gênesis 39:9
Deus é um ser infinitamente amável, porque Ele tem excelência e beleza infinita. Ter excelência e beleza infinita é a mesma coisa que ter infinito encanto. Ele é um ser de infinita grandeza, majestade e glória, e, portanto, Ele é infinitamente honrado.
Correto. Deus é perfeito em todos os seus atributos, pelo que é digno de receber todos os adjetivos elencados por este trecho do argumento de Jonathan Edwards. Embora adulações não convençam Deus a escoimar nossos Espíritos das imperfeições que possuímos.
Ele é infinitamente exaltado acima dos maiores soberanos da terra e os mais altos anjos no céu, e, portanto, Ele é infinitamente mais honrado do que todos estes. Sua autoridade sobre nós é infinita, e o chão firme e imutável do seu direito a nossa obediência é infinitamente forte, pois Ele é infinitamente digno de ser obedecido, e temos uma dependência absoluta, universal e infinita dEle. Assim, o pecado contra Deus, sendo uma violação das obrigações infinitas, deve ser um crime infinitamente hediondo e, portanto, merecedor de punição infinita.
Segundo o Espiritismo, não existe violação contra as leis de Deus que não possa ser reparada. O esquema projetado por Deus para inaugurar o Universo foi baseado em um ordenamento em que não consta qualquer preceito que impõe uma pena de proporções sem termo definido, pois de acordo com o ensino dos Espíritos, Deus é para nós como um Pai cujo amor por seus filhos jamais cessa, virtude essa que é o motivo pelo qual o Criador nunca teve em mente outorgar uma penitência infinita.
Com efeito, podemos ao menos tentar mensurar quão espetacular é o amor de Deus por nós, uma vez que ainda que nós humanos nos recusemos a obedecer aos seus ordenamentos, não obstante logramos um sem número de ensejos para emendarmos nossas vidas e vivermos pautados nas leis do nosso Pai.
Portanto, a doutrina da reencarnação deveras nos desvela o amor infindo de Deus por nós, já que ele não reserva um lugar onde seria exilado mesmo o mais impuro de todos os Espíritos por toda a eternidade, pois a cada um Deus retribui conforme a soma de bem ou mal que tenhamos praticado aos nossos semelhantes, sempre havendo chances de restauração individual.
O Livro dos Espíritos, no item 171 (sem ironias com o número, por favor, rs), explana a plenitude da justiça divina que reside na reencarnação:
"171. Em que se funda o dogma da reencarnação?
"'Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus
filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniqüidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.'"
Em suma, a Doutrina Espírita repele o dogma de que Deus estabeleceu uma regra que, se violada, sujeitaria o infrator ao sofrimento eterno, pois a benevolência e misericórdia divinas não se coadunam com uma punição que é um flagelo atroz, tendo em vista que semelhante concepção reduziria o caráter divino ao de um déspota universal terrível, o que é uma blasfêmia e afronta a Deus.
Nada é mais agradável para o senso comum da humanidade de que os pecados cometidos contra qualquer pessoa deva ser proporcionalmente hediondo à dignidade do ser ofendido e maltratado.
De forma alguma. O próprio ordenamento jurídico do nosso país, que teve sua gênese na mente de homens falhos, estabelece a igualdade entre todos os cidadãos, não havendo por conseguinte a aplicação de sanções cujas gravidades se distinguem de acordo com o nível, classe social ou qualquer outra classificação em que nos inserimos, logo, as mesmas penas que devem ser impostas a um padre, bispo, monge, pai-de-santo, moralista e congêneres que perpetrarem alguma violação às leis nacionais, da mesma forma um modesto residente de uma comunidade àquelas estará sujeito caso cometa alguma transgressão de uma lei qualquer.
Somente um código de regras jurídicas sem fundamento no princípio da igualdade estimaria uma penalidade cuja intensidade fosse baseada em prerrogativas pessoais, pois uma legislação deve ser equitativa, não fazendo exclusão de pessoas, tratando a cada um de forma igualitária; indistintamente.
Tampouco faz Deus, a personificação da Perfeição, distinção entre nós. Todos, para Ele, somos seus filhos; ainda que alguns de nós necessitemos galgar mais degraus na escala espiritual que outros, mais avançados.
É evidente que Jonathan Edwards se equivocou bastante ao dizer que uma penitência deve estar em conformidade com características intrínsecas a cada indivíduo.
Este foi o agravamento do pecado que fez José temê-lo em Gênesis 39:9: “...como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?” Este foi o agravamento do pecado de Davi em comparação com o qual ele estimava todos os outros como nada, porque era infinitamente grande o Deus ofendido por ele: "contra ti, contra ti somente, pequei" - Salmo 51:4
Este argumento firma-se em um artigo de fé que para os espíritas não teve origem em Deus. A Bíblia é sem dúvidas um compêndio de informações, histórias, contos, narrativas e um repositório de fatos relatados que ocorreram no passado com certos povos antigos. As Escrituras, de acordo com a ótica espírita, não constituem autoridade suprema que norteia a vida e a fé do homem.
O peso do castigo dos homens ímpios é infinito, e isso porque não temos palavras para expressar algo mais e maior do que infinito e, portanto, este castigo é proporcional à hediondez do que eles são culpados. Se houver algum mal ou culpabilidade em um pecado sequer contra Deus, certamente há nele um mal infinito.
Seria redundante eu ter de reiterar o que já comentei algures sobre a opinião de Jonathan Edwards acerca da condenação eterna de Deus imposta aos ímpios. Por isso, irei limitar-me a tecer a reflexão de que, se não fosse a misericórdia e o amor intermináveis do Pai Celestial por nós, talvez Ele de fato tivesse promulgado uma regra universal que, se violada, poderia acarretar nossa perdição eterna. Contudo, por nos amar de forma incomensurável, Deus nos oferece sempre a oportunidade de quitarmos nossas dívidas perante a sua majestade através da lei da pluralidade das existências, em vez de ter criado a penitência do ardente fogo infernal inextinguível que expressa nada mais que o furor de um ser que, segundo a paradoxal concepção de Edwards, nos ama incondicionalmente.
Recomendo a leitura de O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, para uma compreensão mais minuciosa no respeitante à Justiça divina.
De forma alguma. O próprio ordenamento jurídico do nosso país, que teve sua gênese na mente de homens falhos, estabelece a igualdade entre todos os cidadãos, não havendo por conseguinte a aplicação de sanções cujas gravidades se distinguem de acordo com o nível, classe social ou qualquer outra classificação em que nos inserimos, logo, as mesmas penas que devem ser impostas a um padre, bispo, monge, pai-de-santo, moralista e congêneres que perpetrarem alguma violação às leis nacionais, da mesma forma um modesto residente de uma comunidade àquelas estará sujeito caso cometa alguma transgressão de uma lei qualquer.
Somente um código de regras jurídicas sem fundamento no princípio da igualdade estimaria uma penalidade cuja intensidade fosse baseada em prerrogativas pessoais, pois uma legislação deve ser equitativa, não fazendo exclusão de pessoas, tratando a cada um de forma igualitária; indistintamente.
Tampouco faz Deus, a personificação da Perfeição, distinção entre nós. Todos, para Ele, somos seus filhos; ainda que alguns de nós necessitemos galgar mais degraus na escala espiritual que outros, mais avançados.
É evidente que Jonathan Edwards se equivocou bastante ao dizer que uma penitência deve estar em conformidade com características intrínsecas a cada indivíduo.
Este foi o agravamento do pecado que fez José temê-lo em Gênesis 39:9: “...como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?” Este foi o agravamento do pecado de Davi em comparação com o qual ele estimava todos os outros como nada, porque era infinitamente grande o Deus ofendido por ele: "contra ti, contra ti somente, pequei" - Salmo 51:4
Este argumento firma-se em um artigo de fé que para os espíritas não teve origem em Deus. A Bíblia é sem dúvidas um compêndio de informações, histórias, contos, narrativas e um repositório de fatos relatados que ocorreram no passado com certos povos antigos. As Escrituras, de acordo com a ótica espírita, não constituem autoridade suprema que norteia a vida e a fé do homem.
O peso do castigo dos homens ímpios é infinito, e isso porque não temos palavras para expressar algo mais e maior do que infinito e, portanto, este castigo é proporcional à hediondez do que eles são culpados. Se houver algum mal ou culpabilidade em um pecado sequer contra Deus, certamente há nele um mal infinito.
Seria redundante eu ter de reiterar o que já comentei algures sobre a opinião de Jonathan Edwards acerca da condenação eterna de Deus imposta aos ímpios. Por isso, irei limitar-me a tecer a reflexão de que, se não fosse a misericórdia e o amor intermináveis do Pai Celestial por nós, talvez Ele de fato tivesse promulgado uma regra universal que, se violada, poderia acarretar nossa perdição eterna. Contudo, por nos amar de forma incomensurável, Deus nos oferece sempre a oportunidade de quitarmos nossas dívidas perante a sua majestade através da lei da pluralidade das existências, em vez de ter criado a penitência do ardente fogo infernal inextinguível que expressa nada mais que o furor de um ser que, segundo a paradoxal concepção de Edwards, nos ama incondicionalmente.
Recomendo a leitura de O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, para uma compreensão mais minuciosa no respeitante à Justiça divina.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Desmentindo o argumento de William Lane Craig contra o fato de que todas as religiões podem levar a Deus
O excerto a seguir foi transcrito do livro "Apologética
para questões difíceis da vida", mais especificamente em sua lauda 165. O
apologista cristão William Lane Craig é o autor da obra:
“Essa visão de que “todas as religiões levam á
Deus", freqüentemente são expostas por pessoas leigas e por estudantes
do segundo ano da faculdade, e está enraizada
na ignorância do que as grandes religiões do mundo ensinam. Qualquer um que
estudou religiões comparadas sabe que a cosmovisão proposta por essas religiões
são, com freqüência, diametralmente
opostas uma às outras. Apenas verifique o Islamismo e o budismo, por
exemplo. A cosmovisão delas não tem quase nada em comum. O Islamismo crê que há
um Deus pessoal que é onipotente, onisciente, e santo, e que criou o mundo. Ele
crê que as pessoas são pecaminosas e necessitadas do perdão de Deus, que o céu
eterno ou o inferno nos espera após a morte, e que nós devemos ganhar a nossa
salvação pela fé e por atos religiosos.
A tese de William Craig pode ser resumida
como a concepção de que as contradições existentes entre as múltiplas religiões
que enxameiam nosso planeta constitua em um motivo para que afirmemos que
somente uma delas é a única correta religião que leva o homem a Deus. Contudo,
as suas afirmações se fundam em premissas falaciosas, que são em linhas gerais
as seguintes:
1. Deus criou ou fundou uma
religião.
2. Cabe ao homem descobrir qual é
esta religião e segui-la, a menos que queira ser lançado no fogo do inferno.
No entanto, através das comunicações
espirituais que foram recebidas por intermédio de incontáveis médiuns dispersos
em redor do mundo no século 19 que deram origem à obra O Livro dos Espíritos, não é requisito necessário à
redenção humana que nos filiemos a um movimento religioso específico, pois a
vontade de Deus é que os homens vivam em fraternidade e que se despojem de suas
imperfeições, independente do credo que professam. Portanto, a alegação de
que há uma religião verdadeira a que todo homem deve ser aderir para que por
meio dela seja salvo é inconsistente com o que de fato ocorre no juízo divino,
conforme relatam os Espíritos no livro O Céu e o Inferno (Allan Kardec) acerca
de suas condições no plano ulterior, bem como cartas psicografadas dissertadas
por médiuns escreventes a respeito do assunto.
Somente alguém que negue a
possibilidade de comunicação entre os Espíritos e as pessoas encarnadas poderia
utilizar sua incredulidade como pretexto para tentar menosprezar o ensinamento
espírita, contudo, pesquisas científicas descortinam progressivamente o véu que
divide o mundo dos vivos e dos mortos. Recomendo que o leitor assista um vídeo
que explica a metodologia de um cientista para comprovar a veracidade dos
fenômenos mediúnicos produzidos por Jonh
Edward, um famigerado médium audiente:
Existem numerosas outras evidências
da plausibilidade da fenomenologia mediúnica que foram exaustivamente pesquisadas e descobertas por cientistas
célebres como Crookes, Flammarion, Bozzano, Russel Wallace, Du Prel, Aksakov, etc, mas que
abandonaram suas empreitadas na área pois lhes era recusado apoio e
financiamento, provavelmente devido ao preconceito materialista que sempre foi
predominante e causou muitos atrasos no desenvolvimento científico no âmbito da
espiritualidade. Apesar disso, suas contribuições para a ampliação do
repertório de descobertas da ciência a respeito dos fenômenos espirituais foram
de fundamental importância para assinalar os indícios de que os Espíritos são
reais e podem se comunicar conosco.
Imperioso é frisar que o egrégio químico inglês William Crookes tornou-se espírita após averiguar, com o uso do método científico, o fenômeno de materialização ectoplasmática produzido pela médium Florence Cook. O pesquisador, consoante denota o seu vasto e conceituadíssimo currículo como cientista, atesta que sem dúvidas Crookes era um profissional muito habilitado e indicado para investigar a existência e a manifestação dos Espíritos. A sua obra rendeu um fruto maravilhoso, que foi a publicação do livro Fatos Espíritas, de sua autoria, no qual explica meticulosamente os procedimentos que desenvolveu durante as análises dos efeitos gerados por intermédio da mediunidade de Florence Cook. Duvidar da competência de um eminente cientista que ficou reconhecido em todo o planeta em função de suas contribuições para a ampliação da órbita do conhecimento humano seria no mínimo demasiadamente insensato. Assista os vídeos a seguir que explicam a conversão de William Crookes ao Espiritismo:
Quiçá, além disso, uma das principais provas da existência dos Espíritos e da faculdade dos mesmos de manifestarem-se a nós tenha sido atestada em uma série de experiências mediúnicas desempenhadas em Milão no ano de 1892, sob a direção dos professores Lombroso, Ermácora, Richet, Aksakof, Schiaparelli, Chiaia e outros. Portanto, afirmar que não há possibilidade de os Espíritos serem autênticos é opor-se aos fatos, contra os quais não há argumentos.
O budismo nega todas essas coisas.
Para o budista clássico, a realidade ultima é impessoal, o mundo é incriado,
não há “eu” duradouro, o alvo supremo da vida não é a imortalidade pessoal, mas
a aniquilação, e as idéias de pecado e salvação não exercem nenhum papel.
Exemplos como esse poderiam ser multiplicados. Claramente, todas as religiões não
podem ser verdadeiras, justamente por elas apresentarem visões contraditórias a respeito da natureza da realidade
ultima, do mundo, do homem, dos valores morais, e assim por diante. Essa visão pluralista é, portanto,
insustentável”.
Consoante expressei alhures, a
religiosidade ou fé professada por qualquer pessoa são critérios irrelevantes
para a remissão de suas nódoas morais. O aperfeiçoamento pessoal, ao cabo de
múltiplas existências é que promove o aprimoramento espiritual de todo ser
criado por Deus. Além disso, segundo atesta o Consenso Universal do Ensino dos
Espíritos, o juízo divino não cobra de nós que sejamos partidários de qualquer
movimento religioso. Logo, a despeito de que haja controvérsias entre as
religiões, isto não constitui motivo para que asseveremos que o pluralismo religioso seja
insustentável. Com efeito, as
premissas do argumento de William Lane Craig se revelaram infundadas.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Comprovação de que a Bíblia não é completamente inspirada por Deus
Abaixo, segue a transcrição de um argumento que foi
postado na página de apologética cristã Clive Staples Lewis, a qual pode ser
localizada no Facebook. O autor do conteúdo teve por pretensão responder um
questionamento ateísta muito pertinente relacionado à autenticidade dos
escritos bíblicos. Analisemos a validade da retórica do apologista com o
objetivo de demonstrar quão falaciosa ela é.
Ateu: "A Bíblia é toda contraditória e está Cheia de Erros e mais de 2 mil contradições! Se a Bíblia é a palavra de Deus, portanto não pode ter erro, se tem erros não é a palavra de Deus. Dê-me a Bíblia, eu mostro as contradições e então PROVO que Deus não existe".
É bem verdade que a Bíblia
está repleta de erros. Qualquer pessoa sensata que a ler atentamente, sem
escrutá-la preconcebendo dogmas subjetivos e infundados, não carecerá de muito
esforço para notar que as Escrituras tão veneradas pelos protestantes são
racionalmente e moralmente repugnantes e diversos aspectos. Portanto, tal
realidade torna evidente que o Deus bíblico, Jeová, não existe; o que não se
deduz a partir disso, porém, que não seja verdadeira a Divindade Superior em
que eu acredito.
A moral é o princípio que regula as ações humanas. Sem ela,
é impossível discernimos o certo do errado; aquilo que é justo do que é
injusto. As páginas da Bíblia, sobretudo as que se podem folhear no Antigo
Testamento, estão marcadas pelo sangue de milhares de pessoas que foram
liquidadas por exércitos que teriam sido comandadas pelo amoroso deus do
cristianismo. Isso sem mencionar também as centenas de animais que foram
sacrificados como meio de os homens expiarem as suas iniquidades perante um
déspota universal que os governava. Narrativas de genocídios que causam choque
emocional em qualquer pessoa de sanidade moral indene que as leia e legislações
obsoletas que demonstram a ausência de nexo em que se fundaram as leis
veterotestamentárias constituem motivos suficientes para que a Bíblia seja
desqualificada como Palavra de Deus, pois, para quem tem o mínimo senso de
ética e moral, não são poucas as razões para que concluamos que as Escrituras
não podem ter sido cabalmente inspiradas por um ente amoroso e benévolo.
Todavia, quiçá arguirão ainda os apologistas do sofisma da
religião cristã exclusivista que não é sensato desprezar o compêndio bíblico
devido ao nosso ponto de vista moral pessoal. Porém, olvidam-se eles, antes de
arquitetaram essa tática evasiva, que William Lane Craig advoga em prol do
argumento de que existe um padrão de moralidade objetivo, que não depende do
homem, mas de Deus. Logo, muitos de nossos valores emanam do Criador, ao invés
de serem formulados por nossa própria consciência ou opinião particular. Graças
ao senso moral absoluto, somos todos capazes, desde que raciocinando com
honestidade, de assimilarmos que nem tudo o que narra ou ensina a Bíblia se
coaduna com a palavra Verdade.
Se for científico, falha, pois a “Bíblia” não tem o objetivo de ser um livro de descrição de
causas e efeitos no mundo natural e a Ciência não legisla proibindo milagres; Se o centro da
disputa for em relação a um aspecto teológico relevante, então ela pode, no
máximo, danificar aquele aspecto, não o Cristianismo em geral; Mesmo que a
contradição seja bem sucedida, ele serve apenas para estabelecer a crítica
aquela passagem, não a invalidade geral da Bíblia (ampliação indevida);
Neste trecho, o apologista desfecha um golpe contra a
própria doutrina que defende. Se a Bíblia é a perfeita Palavra de Deus, se
infere a partir disso que tudo o que ela contém é verdadeiro, em quaisquer
aspectos, pois provém de Deus, o Criador do Universo e aquele que detém em Si
toda a Ciência. Caso haja nas Escrituras alguma afirmativa que contrarie a
ciência, é forçoso que se admitam as hipóteses de ou Deus ser mentiroso ou de
que o livro sagrado incorre em erros. Já que a primeira afirmação é incoerente
com a Perfeição, depreende-se que a Bíblia é cientificamente inválida, logo,
não tem procedência completamente divina.
Portanto, mesmo que toda a Bíblia fosse
inválida, não seria o caso de pular para o ateísmo, pois a discussão da
existência de Deus é feita separadamente da validade da Bíblia; A
maioria das “contradições” são dificuldades de interpretação, quanto a não
observância do contexto histórico, e das passagens paralelas que podem
causar vários mal entendidos.
Os denominados "mal entendidos" e as
"dificuldades de interpretação" são solucionados através de nada mais
que uma ardilosa retórica. O apologista que propõe estratégias para refutar uma
contradição ou erro bíblico normalmente recorre a técnicas argumentativas muito
semelhantes às daqueles que eram empregadas pelos sofistas na época da Grécia
Antiga, para destarte induzir indivíduos a concordarem com raciocínios
aparentemente lógicos, mas que a bem da verdade conduzem a desatinos, como por
exemplo é o caso de Norman Geisler, que em sua Enciclopédia Apologética
propugna a doutrina do inferno com ardor e astúcia. É lamentável saber que os
cristãos teoricamente defendam a prática da honestidade mas apesar disso
desenvolvem teorias intelectualmente desonestas.
Se mesmo assim, essas dificuldades não forem
sanadas, os estudiosos partem para a análise das línguas originais da Bíblia
(hebraico para o Antigo Testamento e grego para o Novo Testamento) que podem
resolver muitos aparentes problemas. Isso não é uma prática diferente de
qualquer outra análise textual do material traduzido.
Essa técnica apologética, se não me
falha a memória, é conhecida como exegese. Os defensores da Bíblia investigam
os idiomas em que foram redigidos os primeiros manuscritos do livro sagrado com
o fito de criarem formas variadas de interpretar ou de traduzir uma ou mais
passagens. A verdade é que esse tipo de estudo das Escrituras apenas contribui
para relevar a incoerência e as contradições da Bíblia, porquanto a fé cristã
ortodoxa se estriba em um livro que pode ser compreendido de maneiras
controversas e que geram confusão. Não há como existir uma interpretação
uniforme da Bíblia, já que existem múltiplas formas de transliterarmos os seus
textos. Assim, o estudo do hebraico e do grego constituem um argumento para
rejeitarmos o dogma da inspiração divina da Bíblia.
Todas as línguas (especialmente o hebraico e
grego) têm limitações especiais e nuanças que causam dificuldade na tradução.
Por isso antes de se tentar entender um livro tão complexo, é necessário:
– a) Tomar as palavras no sentido
gramatical;
– b) Examinar o
sentido original das palavras;
– c) Tomar as palavras dentro de seu
contexto.
– d) Examinar o estilo empregado;
– e) Tomar as palavras em relação com o
propósito do livro.
– f) Estudar as palavras à luz da situação
histórica e geográfica;
– g) Examinar as passagens paralelas;
– h) Tomar conhecimento do contexto
teológico;
Os itens que o apologista elencou acima abrangem o complexo
de estratagemas que se fadam a elaborar uma sustentação da doutrina espúria da
inerrância bíblica. Entretanto, a finalidade prática das metodologias
exegéticas da teologia cristã é eclipsar a verdade e o sentido óbvio e claro
que o texto bíblico enuncia, para assim arquitetar a aparência de as Escrituras
se fundarem na razão. É notório, por conseguinte, que os apologistas cristãos
são sofistas natos, uma vez que a estrutura dos raciocínios que caracterizam
suas argumentações induzem os seus leitores a conclusões absurdas, como a de
que Deus pode ser bom e simultaneamente infligir flagelos infindáveis a quem
não for cristão. A princípio, para os leigos que desconhecem as técnicas de
retórica dos apologistas, parece haver honestidade intelectual da parte deles
no tocante ao que alegam acerca da Bíblia, todavia, isto dissipa-se quando
percebe-se que o que é patente se choca com os sofismas da apologética cristã.
– i) Nunca se
esquecer que, Um significado recente de uma palavra não pode ser transportado
para um texto antigo, por isso a suma importância de ler todo o texto bem como
conhecer seu contexto para que possa identificar o sentido original da
mensagem. Por isso existem, a análise
Crítica, exegese e hermenêutica que
são metodologias científicas que ajudam a identificar as dificuldades no
entendimento bíblico. Dê-me a Bíblia, eu mostro as contradições e então PROVO
que Deus não existe? Se eu vendo um quadro dizendo ser de Van Gogh e você descobre ele uma parte em que
ele foi modificado, então significa que o quadro tem uma falha, não que Van
Gogh não existe; e muito menos que não há nenhuma participação de Van Gogh
no processo (ainda poderia ter alguma). Calma lá com seus saltos lógicos. As
coisas não são tão simples quanto você coloca. Não estou dizendo que a Bíblia
não é importante ou que não deveríamos defendê-la. Só devemos ter algo em mente:
quando um cético ataca certa parte da Bíblia, ele está só criando uma crítica a
tal parte. Não criando um validador do ateísmo. O truque aqui é a
transformação do teísmo em uma crença na inerrância bíblica".
No que toca à exegese, hermenêutica e análise crítica, nada
mais tenho a comentar, porquanto expliquei que não são mais que reles táticas
ardilosas que têm por objeto encobrir o sentido lógico de uma passagem da
Bíblia, para que desse modo o apologista engendre um método de fazer a
Escritura aparentar ser racionalmente válida. De fato, concordo com a assertiva
de que, se um ponto na Bíblia estiver em confronto com a lógica, não significa
a partir disso que Deus não exista. Aliás, me reportando inclusive às demais
doutrinas religiosas que pululam este mundo, ainda que nem todo dogma seja
filosoficamente concebível, não é lícito depreender que não haja Deus algum,
mas sim que nem sempre o que ensinam e difundem a respeito Dele é verossímil.
quinta-feira, 7 de março de 2013
Como discernir o que há de correto em uma religião daquilo que é falso
Todo o crivo ao qual uma religião deve ser submetida se sumariza nas seguintes máximas que a maioria das religiões admite:
1 - Deus é amor.
2 - Deus é justiça.
A partir desses atributos essenciais de Deus, com os quais as religiões de uma forma geral estão de acordo, podemos distinguir aquilo que provém do Pai daquilo que incorre em um engano ou doutrina espúria.
Toda religião, portanto, que prega que existe apenas uma só fé pela qual o homem pode ser salvo é incoerente com os apanágios divinos, pois com isso ela ignora o amor de Deus Pai, que se estende a todos os homens sem embargo de quais sejam suas convicções religiosas. A justiça de Deus Pai não se configura como aquela postulada pelas religiões exclusivistas e preconceituosas, que ao invés de honrarem a Deus disseminam conceitos ignóbeis que têm origem na aversão por doutrinas religiosas diferentes das suas. Deus julga a todos em conformidade com a soma de bem e mal, ao cabo da pluralidade de existências, que nós desenvolvemos enquanto encarnados.
Qual é, talvez indaguem alguns, a minha base para fazer tais asserções?
Vou reiterar meus fundamentos: Princípios desvelados pelas religiões que são logicamente coerentes com os atributos de Deus elencados acima. Podemos, desde que os admitamos, extrair de cada religião uma porção da Verdade, a qual paulatinamente se descortina diante de nós à proporção que nos aperfeiçoamos na escala espiritual.
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